O Deus é o mesmo?
Estava em um ponto de ônibus, quando comecei a conversar com um rapaz, que me perguntou: O quê você faz aqui nesta cidade? – Dirijo uma igreja. – Eu também já fui evangélico, agora me encontro no espiritismo, mas o “Deus é o mesmo”. Outra vez, em um restaurante, vi um pastor convidar uma jovem para visitar a sua igreja, quando ela lhe respondeu: “não preciso ir à tua igreja, o Deus é o mesmo”. Estudando sobre muçulmanismo, descobri que quem faz ataques suicidadas em nome de Deus, também pode dizer que o “Deus é o mesmo”.
Os espíritas, muçulmanos, católicos, evangélicos e demais religiões monoteístas, todos dizem que servem ao mesmo Deus. Logo podemos realmente dizer: “ O Deus é o mesmo”. Mas quem está certo? Ou, quem está errado? Alguém tem que estar errado nestas diferentes maneiras de servi-lo.
Jesus, corrigindo um grupo religioso do seu tempo, chamado Saduceus, disse que o fato de estarem errados por não acreditarem na ressurreição, era não “conhecer as Escrituras e nem o Poder de Deus” (Mc 12, 24). E posso afirmar, que hoje, na pós modernidade, a razão é a mesma. Por falta de entendimento das Escrituras, as pessoas ficam em dúvida, se devem acreditar na ressurreição ou na reencarnação, se a verdade é objetiva ou subjetiva, se deve fazer petições aos santos, adorar imagens e enfim, as pessoas não entendem sobre muitas áreas religiosas. Mas para todas estas questões a Bíblia tem respostas claras.
Sobre a reencarnação, o mundo passa de seis bilhões de habitantes, de onde veio tanta gente? O crescimento populacional é uma das provas de que não há reencarnação. Na Bíblia, em Aos Hebreus capítulo nove e verso vinte e sete, diz que “ao homem esta ordenado morrer uma só vez vindo depois disso o juízo”; em I Tss 4 ,16, 17 nos informa que Jesus virá para tirar a sua igreja deste mundo e ressuscitar os mortos; e ainda, será que podemos nos esquecer do diálogo de Jesus com os Saduceus? (Mc 12, 18-27). Todos estes textos não precisam ser interpretados, pois são esclarecimentos, ou seja, eles existem para explicar o assunto. Logo devemos crer na ressurreição e não na reencarnação.
Muitos filósofos dizem que a verdade é subjetiva, ou seja, cada um tem a sua opinião. Mas quando se trata de religião e vida espiritual, a verdade é objetiva, ou seja, uma só verdade para todos. Tendo opinião particular, pode-se até negar a existência de Deus, o que a Bíblia, no Salmo 14, 1 chama de tolice. Entendendo que há uma verdade a ser seguida, não vamos nos esquecer do que Jesus disse em Jo 8, 32: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Será que podemos nos esquecer de Jo 14, 6? ...”Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao pai senão por mim”.
E os homens e mulheres de Deus do passado? São mediadores? Podem nos ajudar na salvação de nossas almas? Podemos dirigir alguma prece aos santos apóstolos como Pedro, Tiago, João, Paulo e outros? O que as Escrituras nos diz a este respeito? Primeiro, mediador é só Cristo, por isso as nossas orações devem ser feitas em seu nome (ITm 2, 5; Jo 14, 16); segundo, Cristo é o único Senhor e Salvador (Ef 4,5; At4, 12), por isso defender costumes pagãos introduzidos no cristianismo durante a história, principalmente na Idade Média, a era do obscurantismo, é uma grande falta de compromisso com a verdade.
Agora você entenderá porque os que defendem a canonização de santos e fazer preces a mais mediadores além de Cristo, excluíram o segundo mandamento e dividiram o décimo. Se leres o capítulo 20 de Êxodo, verás que o segundo mandamento é o “não farás imagem de escultura” e o décimo é o da cobiça. Mas muitos líderes ensinam os dez mandamentos, não constando o “não farás imagem de escultura”, e para continuar constando dez na lista, dividiram o décimo, o da cobiça, tirando o não cobiçar a mulher do próximo da lista das cobiças do décimo mandamento e trazendo para o de número nove. Ficando assim: Nono, não desejar a mulher do próximo e décimo não cobiçar as coisas alheias, sendo que o “não cobiçar a mulher o próximo” a o Bíblia apresenta na lista de cobiças à serem evitadas no décimo mandamento. Ainda hoje continuam querendo defender este erro, citando a tradição e torcendo as Escrituras. Nicolau de Lira, no século XIV, escreveu uma obra intitulada “Praiceptorium”. Nesta, ele apresentou três razões porque devia haver imagens na adoração e nos cultos: “A maioria das pessoas não sabiam ler palavras, mas podiam ler imagens; as pessoas se lembravam do que viam, mas esqueciam do que ouviam; visto que as moções humanas eram lentas, as imagens moveriam às pessoas a devoção” (Panorama do Pensamento Cristão – CPAD). Mas esta devoção não é a que Deus espera de seus adoradores, Deus quer que o adoremos em espírito e em verdade. Leia Jo 4, 21-24; Rm 1, 18-23; Ap 22, 15; IIReis 18, 1-5. Devemos levar o entendimento às pessoas, e não aproveitar da ignorância para implantar idéias, principalmente se elas forem pagãs. Seja um verdadeiro adorador.
E a opinião popular que não tolera as pessoas, se baseando no passado delas? “Deus não leva em conta o tempo da ignorância; ele quer que todos se arrependam e venham ao conhecimento da verdade” (At 17, 30). O perdão de Deus é oferecido até aos bandidos, lembra do ladrão da cruz? (Lc 23, 39-43). Para Deus, tanto o bandido quanto o religioso, necessitam de arrependimento (Rm3, 23).
É claro, existem muitas outras dúvidas quanto à religiosidade do mundo, mas sanando estas, faca mais fácil para saber o caminho da salvação. Não esquecendo que Cristo é o Salvador, faço o apelo: Aceite-o como seu Senhor, Rei e Mediador entre você e Deus. Procure viver em comunhão com Ele e siga seus ensinos.
Alécio Cardoso do Santos
Entregue-se a Cristo
Alguns pregadores, com muita sabedoria, pregam que “Deus só quer o coração”. Isto é uma grande verdade, porque quando a Bíblia fala de coração, está se referindo ao nosso psicológico: imaginação, sentimentos e razão. Logo entregar o coração a Deus é entregar a vida emocional, racional, nossos sonhos e afeição.
Em Pv. 23, 26 diz: “Filho meu dai-me o teu coração”. E em Jo 1, 12,13 Jesus prometeu que quem o recebe, recebe também o direito de ser chamado filho de Deus. Entregar o coração a Deus é receber a Cristo, permitindo que ele domine a psique (alma). Quem toma esta decisão, por livre e espontânea vontade, passa a viver na obediência da Palavra de Deus.
Mas infelizmente, nem todos querem tomar esta decisão, pelos seguintes motivos: (a) A incredulidade, muitos caem na tolice até de pensar que não há Deus (Sl 14, 1); (b) Acham que não precisam, pensando que por serem éticos, podem viver sem Cristo (Rm 3, 23); (c) Deixam para depois, achando que não estão preparados, ou, com medo do comprometimento, preferindo não se submeter.
Cristo é o “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14, 6), logo, rejeitá-lo, é não querer ser salvo. Por isso, entregue o coração a Ele, tenha a certeza de vida eterna, paz na alma (Jo 14, 27) e razão de viver (Jo 10, 10).
Alécio Cardoso dos Santos
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