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De gloria

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Palavras ou Milagres?


Qual a preferência das multidões? A resposta é simples: todos querem ver os milagres acontecerem. Constantemente ouvimos que não adianta falar e não acontecer. Mas Jesus prefere que atentemos mais para suas palavras do que para os seus milagres.
Jesus sempre viveu rodeado de multidões. Ele atendia todo mundo: Curava as enfermidades, exorcizava os espíritos malignos, fazia cego enxergar, paralíticos andarem, multiplicava pães, ressuscitava mortos e muitos outros milagres. Veja o que a Bíblia diz: “E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. E seguia uma grande multidão da Galiléia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão” (Mt 4; 24, 25). Mas também tinha um grupo que estava mais interessado nas palavras do Senhor Jesus: “Então disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos? Repondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para onde iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6; 67, 68).
À luz de várias passagens, registradas pelos evangelistas, a multiplicação de pães, no capítulo seis de João, é que deixa mais claro sobre o interesse das multidões por milagres e dos discípulos por palavras. Depois que Jesus operou este grande milagre e atravessou o mar, no outro dia, a multidão que havia se alimentado, também atravessou o mar, até Cafarnaum, onde Jesus estava. O mestre então revelou o interesse da multidão: “Na verdade, na verdade vos digo, que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes. Trabalhai não pela comida que perece, mas pela comida que permanece” (Jo 6; 26,27). Quando Jesus começou a dizer, em linguagem figurada, que deviam se alimentar da sua palavra, a própria multidão revelou seu principal interesse: “Muitos pois dos seus discípulos, ouvindo isso, disseram: Duro é este discurso; quem pode ouvir?” (Jo 6, 60). Somente os doze entenderam a mensagem e preferiram estar com Jesus: “Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás e já não andavam com ele. Então, disse Jesus aos doze: Quereis vós também retirar-vos?” (Jo 6; 66, 67).
É impressionante como os discípulos queriam ouvir Jesus. Apesar de estar sempre vendo o que Jesus fazia, o que eles queriam mesmo era aprender tudo o que o Mestre tinha para ensiná-los. Nas parábolas do capítulo treze de Mateus, por exemplo, eles pediam que Jesus as explicasse a parte. O que Jesus fazia com muito prazer. Veja este versículo: “Então, tendo despedida a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio e do trigo” (Mt 13; 36). Jesus, ao final do seu ministério, passou a maior parte do seu tempo com os discípulos. Os capítulos treze a dezesseis de João informa-nos sobre várias instruções e até mesmo indagações dos discípulos. Tudo isso para reflexão dos cristãos do século XXI, que dão mais ênfase aos sinais do que ao que Jesus ensinou.
Se os discípulos fossem como as multidões, as gerações futuras não saberiam sobre a ressurreição de Cristo. Ninguém pode contar com a multidão. Cada um corre atrás de seus interesses. Mas o discípulo sempre se preocupará com os interesses de seu mestre. A multidão não foi testemunha da ressurreição de Cristo. Os discípulos deram suas vidas anunciando que Ele ressuscitou (muitos foram martirizados defendendo esta verdade).
O próprio Cristo disse que a sua palavra é superior aos milagres. Ele nunca falou que quem recebe uma cura tem a vida eterna; ou quem recebe libertação de algum espírito maligno esta salvo. Mas ele disse: “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte” (Jo 8; 51). “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mt 11; 29). “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15; 7). O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (Jo 6; 63). “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt 7; 24). Todos estes textos informam-nos o quanto as palavras de Cristo são mais importantes do que os milagres, mas o que Jesus disse a Tomé é fundamental, porque as pessoas querem ver, enquanto que Jesus diz: “ Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” ( Jo 20; 29).Quem estuda a Bíblia e analisa os eventos da história, esta convicto de que o que Jesus disse em Mt 24; 35 é uma grande verdade: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”.
Apesar de que os milagres autenticam as palavras de Jesus, temos que atentar sempre para o que ele disse, porque este é o único meio para alcançar a salvação. “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?” (Hb 2;3).

3 comentários:

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

Amado Pr Aécio, uma alegria conhecer seu blog. O Eterno resplandeça o rosto Dele sobre ti e toda a sua família.

Medite no Sl 36.8,9

Nele, Pr Marcello

Visite>>> http://davarelohim.blogspot.com/

e veja o texto:

Os 4 descansos - HEbreus 4

P.s>>>> Caso o sr se identifique com o blog, torne um seguidor. Será uma honra!

Grato!

Alécio Santos disse...

Será uma honra seguir o teu blog

Anônimo disse...

Achei bem interessante seu blog pastor! Continue escrevndo lindas mnsagens como essa!
Kézia